A artroscopia de tornozelo veio para revolucionar a maneira como encaramos as patologias intra-articulares do pé e tornozelo. A evolução do instrumental, das técnicas e do entendimento da anatomia mudou todo o curso de tratamento das patologias. Cirurgias antes abertas e agressivas se tornaram infinitamente menos traumáticas e com uma recuperação mais rápida.

​Patologias como lesões osteocondrais do tálus, onde a cartilagem do tálus sofre um processo de degeneração e causa dor. Anteriormente deveriam ser tratadas de forma aberta, exigindo osteotomias (um corte no osso) para a visualização articular. Agora, com a artroscopia através de dois pequenos portais podemos ver e tratar a lesão de cartilagem. Ainda temos muito a evoluir, com o advento de estimuladores de cartilagem sintética e outros, que já são disponíveis nos EUA mas chegaremos lá também.

Uma outra lesão muito comum, que é o entorse de repetição ou instabilidade de tornozelo. Causando dor e sensação de falha do tornozelo. Uma patologia que antigamente era negligenciada ao tratamento conservador, sendo operada de forma aberta somente em alguns casos piores. Debilitando o paciente por meses ou anos em tratamentos conservadores sem resultado, também evoluiu para o tratamento por artroscopia. Agora além do trauma cirúrgico ser muito menor, a recuperação é mais rápida e a indicação cirúrgico se torna cada vez mais precoce. Possibilitando o retorno as atividades normais do paciente de forma precoce.

​Outra indicação do uso de artroscopia são as artrodeses, ou fusões articulares. Que podem ser realizadas todas por via artroscópica, diminuindo a dor no pós operatório e diminuindo o tempo de consolidação óssea. Facilitando a recuperação desse tipo de paciente. ​Portanto não fique para trás na evolução da medicina, converse com seu médico sobre todas as opções de tratamento cirúrgico, inclusive as minimamente invasivas.